domingo, 25 de outubro de 2015

Imagine Belieber Hot 53



"E quem foi que disse que seria fácil?"

        No capitulo anterior....


Lauren: EU NÃO SEI! - eu pude sentir que Lauren estava chorando. - Eu cheguei aqui para chama-la e a encontrei tremendo desse jeito! O coração dela está a mil, olhem! - sua voz saiu falhada e seus lábios tremiam de terror. Ally se aproximou e tomou meu rosto nas mãos. Forcei-me a inalar o ar mais uma vez e uma luxada de tremor perpassou pelo meu corpo. 

Dinah: Vamos colocar ela debaixo do chuveiro! Mani, liga para o medico, agora! - Dinah me pegou pelos braços e pude ver que Normani assentiu ao mesmo tempo em que pegava o celular no bolso e o levava a orelha.


Lauren: Ei, você consegue se levantar? - Ela me perguntou com os olhos vermelhos.





No meio de toda aquela confusão, eu não sabia distinguir oque era pior. O fato de meu corpo ter entrado em curto ou Lauren estar chorando por uma coisa que eu não podia controlar.

Assenti com a cabeça e joguei as pernas para fora da cama. No mesmo instante em que fiz isso, a imagem do quarto a minha frente pareceu se desmanchar e eu tive a sensação de que iria vomitar. Pressionei os olhos e apoiei os cotovelos em meus joelhos. A voz de Normani falando desesperadamente com alguém no telefone pareciam socos na minha cabeça. Pude sentir fortes braços em minha cintura, provavelmente Dinah fazendo força para que eu levantasse. Me arrastei até o banheiro com a ajuda das meninas e, ainda com os olhos fechados, fui colocada para dentro do box com desespero. Senti a água gelada bater no meu rosto e rapidamente corri para fora da direção onde a água apontava.



Ally: Camila, você precisa ficar um pouco na água gelada, ok? - Ally disse com a voz aguda. - É só para melhorar o tremor, depois te enrolamos na toalha e voltamos.


Eu não estava olhando pra ninguém. Eu só ouvia e obedecia, por mais que não quisesse. Percebi que estava com raiva e confusa. E envergonhada também. Por que diabos eu acordei no meio da noite com sintomas de ataque cardíaco? Por que estava pagando vexame na frente das meninas, totalmente descontrolada e desequilibrada? E em que momento do dia eu perdi o controle da situação? 

Ally me empurrou delicadamente de volta para água e inclinou minha cabeça pra trás.


Ally: Só deixe a água bater no rosto e relaxe os ombros, ok? - ela disse delicadamente. - agora dê um passo para trás e assim que estiver com o rosto livre, respire fundo.


Obedeci aos seus comandos e assim que tirei meu rosto de baixo d'água, dei uma olhada para os lados. Através do vidro embaçado do box, pude ver que Lauren estava sentada em cima do vaso sanitário com a cabeça entre as pernas. Seus ombros estavam encolhidos e ela parecia estar travando a mesma luta que eu: a busca pelo controle da respiração. 


A pouca estabilidade que eu havia adquirido com aquele banho foi para a casa do caralho assim que me deparei com aquela cena. Suas mãos estavam tremendo e, independente de como estava me sentindo naquele momento, só queria abraça-lá e dizer que estava bem. 


Mas, antes de tudo, eu precisava ficar realmente bem.


Joguei minha cabeça para trás e inspirei mais forte que pude. Segurei o ar por alguns segundos e soltei ele devagarinho. Não tinha a miníma ideia de que situação era aquela, mas aprendi que em ocasiões emergenciais a respiração faz toda a diferença.


Repeti esse mesmo processo umas cinco vezes, sendo observada pelas meninas. Aos poucos, pude sentir as batidas do meu coração se normalizando e fechei os punhos para não me desconcentrar. Encostei minhas costas na parede e fui escorregando até que pudesse tocar o chão. Abracei minhas pernas e respirei mais algumas vezes. Após longos minutos, pude ouvir a voz de Lauren, agora mais perto de mim. 


Lauren: Ei, quer voltar pra cama agora?


Levantei a cabeça e seus olhos estavam suplicantes. Meu coração imediatamente apertou dentro do peito e eu apenas concordei com a cabeça. 


Normani: Meninas, o médico está aqui.

Ally: Cam, tire essa roupa molhada e se seque. Vou trazer roupas secas, ok? - Ally disse se levantando.


Levantei devagar e tirei as roupas que estavam coladas no meu corpo, com meu coração já normalizado. Ally já estava com uma mude de roupas secas na mão. Coloquei-as assim que possível e caminhei com passos lentos para o quarto. Assim que me sentei na cama, com Lauren ao meu lado, Normani estava com o medico pelo cômodo pouco iluminado. 


Doutor: Olá, tudo bem? Meu nome é Joe. A assessoria de vocês me contratou há um tempo para casos de emergência. Felizmente, não tivemos motivos para nos encontrar.. até hoje. Mas parece que vim salvar alguém. - ele sorriu. -

Era um senhor já idoso, muito fofo, e parecia estar querendo diminuir a tensão naquele pequeno espaço. Como se já estivesse a par da situação, ele se aproximou a passos largos da minha cama e sentou-se de frente para mim. Ajeitou os óculos e sorriu.


Doutor: Ei, mocinha, nós vamos cuidar disso, ok? - ele repousou sua mão sobre a minha. - Meninas, será que eu poderia ficar um pouco a sós com ela?


Lauren estremeceu ao meu lado e segurou com força a minha mão. Olhei-a nos olhos e sorri fraco, encorajando-a de se afastar. Assim que largou minha mão, ela segurou minhas bochechas e beijou minha testa. 


Lauren: Qualquer coisa eu estou lá embaixo, ok? - pude ver que seus olhos estavam marejados. Assenti com a cabeça e a vi seguir com as meninas para o corredor. Lauren deu uma ultima olhada para trás, como se não quisesse sair.


[........]

Lauren Jauregui P.O.V:


Ficamos em silêncio por mais de 30 minutos. Dinah estava deitada no chão, parecia estar dormindo. A cabeça de Normani repousava no colo de Ally e a mesma fazia cafuné. E eu? Eu estava andando de um lado para o outro, procurando unhas que não estivessem sido roídas e pensando em mil e uma coisas. O médico já está no quarto com Camila a seculos e eu já estava considerando a possibilidade de ir ver se estava tudo bem. Assim que abri a boca para falar, ouvi passos descendo as escadas. Joe apoiava no corrimão enquanto descia e sorriu ao nos ver. 


Eu: Então? Como ela está? Vai precisar tomar remédio, descansar? Nós iremos fazer um show amanha, mas acho que ela não tem mais condições. Podemos ligar para o nosso pessoal e pedir que...

Ally: Lauren, se acalme. - ela me interrompeu. - doutor, sente-se, por favor. 

Joe sentou no sofá claro e felpudo e colocou sua pasta sobre suas pernas. 

  
Doutor: Bom.. - ele começou. - É complicado. Preciso que vocês tenham paciência. 

Dinah: Nós teremos! - Dinah já estava sentada, com uma almofado entre as mãos. - o que houve?

Doutor: Vocês possuem uma rotina muito corrida. Sofreram mudanças rápidas mesmo sendo tão novas, o programa virou a vida de vocês de cabeça para baixo e, da noite para o dia, tudo que envolve vocês começou a ser exposto de uma maneira tão grotesca que qualquer um pode ver. E opinar. E julgar. Os dois filhos que Camila acabou de ter, ensaios árduos, apresentações cansativas, noticias circulando o tempo inteiro nas principais revistas, rostos estampados em capas de jornais, ou seja, vocês viraram uma imagem. Eu não tenho duvida dos benefícios que tudo isso trouxe a vocês, mas também tenho consciência do lado negro de toda essa forma. Para quem está vendo de fora, nada é muito bem compreendido. Todos acham que tudo são flores, que vocês vivem em um mar de rosas, comem da melhor comida, vestem as melhores roupas, são idolatradas por milhares de pessoas e que o fardo de ser uma pessoa exposta não é tão pesado assim. Mas tudo isso existe e vocês sabem disso mais do que ninguém. Entretanto, cada um lida de uma forma. E Camila não está sabendo lidar com isso. Esta noite, ela sofreu um ataque de pânico. Não podemos concluir que ela sofre dessa síndrome, para isso outros ataque teriam que ocorrer, e definitivamente podem ocorrer, para que possamos encaixa-la neste quadro.

Por diversas vezes eu me perdia no meio das palavras ditas ali naquela sala. Além das palavras, que soaram com muita verdade e identificação, eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo com a Camila. 

Doutor: A síndrome do pânico - ele continuou - é uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco, porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante. Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não fazem a menor ideia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso trás tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida. Como eu disse, e como Camila me confirmou, esse foi seu primeiro ataque, portanto não podemos dominar que a mesma é portadora da síndrome. Podem ocorrer outros ataques? Pode ser que sim, pode ser que não. O que eu quero dizer é que tudo isso que está em volta de vocês - ele fez um gesto amplo com as mãos - explodiu dentro da cabecinha dela. Sua paz de espirito não suportou tamanha pressão e seu inconsciente usou os sintomas como forma de defesa, como se um ataque tivesse prestes a acontecer. Camila cobra muito de si mesma. Pelo pouco que conversamos, pude perceber pude perceber que ela procura a perfeição em tudo. Como profissional, como amiga, filha, ser humano. E isso é ótimo, desde que não comprometa sua saúde fisica e emocional. Quando ela não tem êxito em algo, explode e seu comportamento acaba mudando. As crises de mau humor, os dias considerados ruins, todos eles possuem uma explicação. Infelizmente, desencadeamento do ataque, podem fazer com que outras coisas surjam - Joe respirou fundo antes de começar a falar. -  Ela pode desenvolver uma ansiedade generalizada. É uma síndrome complexa, não é necessário explica-lá agora, mas é saudavel que estejamos de olho nisso também. Por enquanto, devemos nos concentrar na saúde mental dela. Cuidar para que não se estresse e não cobre tanto de si mesma. Ela precisa da ajuda de vocês e, mais do que tudo, precisa da ajuda de si propria. Precisa entender que certas coisas na vida não merecem tanta preocupação e que tudo pode ser levado de uma maneira radical. 

  
A voz de Joe explodia na minha cabeça. Como marteladas, todas aquelas explicações pareciam queimar meu cérebro e socar meus neurônios. 

Normani: Ela vai precisar tomar remédios? - sussurrou. -

Doutor: Eu nunca fui a favor de remédios nesses casos. - o médico completou. - Aliás, ela só apresentou um ataque até agora. Vou continuar observando-a, e é claro que vou recomendar algo caso ela tenha dificuldades pra dormir a noite. Mas o problema de tudo está na cabeça dela. Os remédios podem inibir sintomas, esconde-los, mas não vão solucionar a causa do estresse. Exercícios de respirações, mudanças na alimentação e intervalo para relaxar durante o dia podem ajudar, e muito. Mas o centro de tudo está na maneira de como ela pensa e lida com as coisas. É nisso que precisamos trabalhar.


O silencio se instalou no cômodo quando ele acabou de falar. Estávamos chocadasx extasiadas, surpresas com a situação que caiu sobre nossas cabeças. Uma parte de nós, Camila, estava sofrendo de mal causado por ela mesma, o que dificultava toda a situação. Não era como um simples mal estar, que poderia ser resolvido com remédio ou descanso. Era algo que eu não poderia tirar de seu corpo e aquilo estaca me enlouquecendo. Minha cabeça estava rodando tentando processar todas aquelas informações.


Doutor: Em relação ao show de amanhã... - Joe quebrou o silêncio. -  eu conversei com ela sobre isso. Ela está tão assustada e confusa quanto vocês, mas também está dedicada a fazer. Sinceramente, eu não vejo problemas. É claro que os riscos do quadro se desenvolver são grandes  devido aos dias cheios que vocês irão ter a partir de amanhã, mas nós conversamos sobre isso. Ela está disposta a melhorar, e eu tenho certeza que vocês vão ajuda-la.

Eu: Nós vamos. - eu disse um pouco alto demais - Sim, nós vamos. O que ela está fazendo? Posso vê-lá?

Doutor: Eu disse para ela tentar dormir um pouco. Ela me pediu para que vocês subissem, está um pouco assustada e acho que não quer passar a noite sozinha.

Eu: Vou subir para falar com ela. - eu olhei para as meninas. - me dêem um minuto com ela, pode ser?

Dinah: Claro, Lauren, vai lá. - Dinah sorriu de lado - Depois vamos subir e dormimos todas juntas.

Eu: Obrigada por tudo, doutor. O senhor foi incrível. - dei um abraço rápido e sorri agradecida.

Doutor: Não tem de quê, minha jovem. Tudo vai correr bem, acredite, ela tem vocês e isso já é um grande remédio. Vou passar algumas recomendações para as meninas. Tenha uma boa noite.

Eu: Igualmente ao senhor. - eu disse, já andando de costas e subindo as escadas.



Atravessei o corredor o mais rápido que pude e bati de leve na porta.



Eu: Mila, posso entrar? - eu alterei um pouco a voz e grudei minha orelha na porta, a procura de alguma movimentação de Camila.

Camila: Pode, entra. - sua voz estava fraca.

Abri a porta devagar e encontrei Camila sentada no meio da cama, as pernas envoltas pelos braços. Seu olhar estava perdido, sem cor. Andei a passos largos até sentar-me ao seu lado e puxa-la para mim. Ficamos abraçadas por minutos, a sensação de o mundo estar em minhas maos esmagando meu coração. Respirei fundo quando enterrei minha cabeça na curva de seu pescoço para absorver seu cheiro. Queria me certificar de que ela estava bem, por mais que soubesse que não. Ao repassar os últimos acontecimentos, pude sentir o choro invadindo minha garganta. Funguei ao ver que algumas lagrimas estavam caindo e sequei o rosto com as mãos. Camila me afastou pelos ombros e levantou meu queixo, para que pudéssemos nos olhar nos olhos.


Camila: Ei, Lo, não chora. Está tudo bem agora, não vê? - sua voz soava desesperada.

Eu: Eu fiquei fora de mim quando te vi naquele estado. Perdi o controle quando menos deveria e tudo oque fiz foi chorar. Me desculpe por isso. - eu dizia enquanto as lagrimas ainda rolavam.

Camila: Por favor, não diga isso. - ela cruzou as pernas - Se você nao tivesse entrado no quarto, eu teria enfrentado tudo aquilo sozinha. Foi um susto, mas passou. Eu estou aqui agora, e tranquila.

Eu: Camila, você precisa para com isso. - eu fechei os olhos.

Camila: Com isso o que?

Eu: Você consegue ver onde tudo isso parou? Camila, eu te admiro, e muito. E você sabe disso. Eu sempre te disse o quanto queria ter um pouco mais da sua responsabilidade, do seu senso de humor, da sua auto exigência, da sua necessidade por perfeição, da sua segurança e coragem. Mas você nao pode mascarar as coisas, Camila. - eu encostei nossas testas e fechei os olhos - eu sempre suportei seus surtos, seus dias ruins, suas grosserias, mas eu não vou suportar isso. Eu não vou suportar que você prejudique sua saúde por querer ser tão boa pra tudo. Você não precisa disso. Olhe para mim - eu abri seus olhos, e me deparei com seus olhos cor de mel, mais brilhantes, dessa vez por causa das lagrimas - Você nao precisa disso, Camila. Não precisa ligar tanto para que os outros dizem, não precisa limitar suas vontades por medo ou julgamento, não precisa dar explicações de tudo o que acontece na sua vida só porque ela se tornou exposta. Somos adolescentes, e ás vezes eu sei que é difícil de lidar com isso. Você acabou de ter dois gêmeos, sofreu por causa de um relacionamento que você achou que daria certo. Eu sei que às vezes é difícil lidar com uma enxurrada de sentimentos - eu frisei a ultima palavra - mas eu não vou permitir que isso faça seu coração disparar e prejudique quem você é, sua vida, sua sanidade. Eu não vou.

Mordi o lábio inferior e sustentei nossos olhares. Sua boca tremia ao segurar o choro e Camila fechou os olhos ao respirar fundo.


Camila: Eu nao sei oque fazer, Lauren. Eu sempre fui assim. Há tempos que parece que meus sentimentos e pensamentos não fazem sentido, e isso me trouxe dias ruins. Mas eu nunca pensei que isso pudesse causar consequências tao avassaladoras. Mas eu nao suporto, eu não consigo! Eu nao aguento ler tantas coisas sobre mim. Não aguento as pessoas tentando adivinhar oque eu sinto, inventando histórias falsas sobre mim, me interpretando de forma errada. Desde que eu entrei nesse mundo, eu dou tudo e mais um pouco. Eu quero ser o melhor para os fãs, para a banda, para minha familia, para meus filhos. Mas é ruim pra caralho, no final do dia, depois de tanto esforço, ler e ver coisas distorcem quem você e sua verdadeira intenção. É difícil pra caralho ser bombardeada por todos os lados. É difícil ver que seus amigos mudaram com você pelo simples fato de você nao estar mais ali na mesma freqüência que estava. E é difícil amar o que faz mesmo trazendo tantas consequências. E tudo isso acompanhado dessa fase em que a gente vive. Estamos em descoberta com o corpo, com os sentimentos, os hormônios estão descontrolados. E tudo oque eu mais queria agora é me afastar disso tudo, mas não consigo sabendo que lá fora existem milhões de pessoas que zelam por mim e precisam de mim. E eu preciso dar oque sei para elas, por mais que isso compremeta minha saúde. - Camila atropelava as palavras e chorava compulsivamente.

Eu: E você pode meu amor. - eu disse de forma suave - você pode dar tudo oque sabe sem comprometer quem você é e sua saúde, Camila, eles, nós, e até mesmo o Justin - ela arregalou os olhos - estamos aqui pra você e por você. E te amamos do jeito que você é. Você precisa entender que não é perfeita, que ninguém é. Você se mostra super segura sobre si mesmo, vive dando discursos sobre amor próprio, mas é a maior vitima disso tudo. Você precisa usar as próprias palavras e aplica-las. E isso demanda força, mas ao mesmo tempo menos radicalidade.


Camila: E como eu faço isso? - as palavras pareciam sair da boca de uma criança em apuros - como eu vou mudar tanta coisa, tirar tanto peso?

Eu: eu não sei, mas vamos descobrir. Você nao vai estar sozinha, como nunca esteve. - eu agarrei suas mãos.

Camila: E eu não sei oque seria de mim sem você, sem vocês. Minha cabeca continua uma confusão de incertezas, mas minha única convicção é que eu preciso de vocês comigo.

Agarrei seu rosto e encarei seus lindos olhos cor de mel.


Eu: Eu estou com você. Essa é a única coisa em que você precisa acreditar


Duas batidas forte irromperam na porta e a voz de Dinah inundou o quarto.


Dinah: Camila, Lauren, podemos entrar?

Camila: Claro, entrem. - Camila secou o rosto e não largou minhas mãos.

As meninas entraram, uma por uma, segurando edredons e travesseiros.

Mani: Nós trouxemos essas roupas de cama para fazer uma big, ultra e mega confortável cama! Vamos todas dormir bem agarradinhas, o que vocês acham? - Normani abriu o sorriso mais largo. Virei minha cabeça para Camila novamente e rimos juntas.

Camila: Eu acho incrível. - Camila sorriu de lado - eu realmente preciso disso.

Dinah se aproximou e beijou a testa de Camila, se afastando para olha-la nos olhos depois disso.

Dinah: Nós estamos aqui, ok? Não precisa de preocupar.

Camila: Vocês podem não acreditar, mas estou bem mais tranquila do que nunca agora. Eu tenho vocês. Mas, meninas, essa história..

Ally: Essa história não vai sair daqui. - Ally a interrompeu - é bem provável que os fãs percebam que algo aconteceu, mas não tenho duvidas de que isso não será um problema.

Eu: Não vai ser - olhei para Camila, talvez dizendo mais para mim do que pra ela . - tudo vai ficar bem.

Camila assentiu e se levantou, ajeitando o pijama seco e confortável. Pude ver que marcava suas curvas, e aquilo fez com que os pelos de meus corpo se eriçassem. Me ajeitei na cama e respirei fundo.

Camila: Bom, vamos ou não preparar essa cama? Precisamos dormir, afinal, temos um show para fazer amanhã! Certo? - ela bateu palmas, em seguida piscou.

Ally: Certo! - gritou.

Arrumamos a cama e em pouco tempo estávamos deitadas, todas juntas, como se fossemos um corpo só. Camila estava no meio, com Dinah e Ally de seu lado direito e eu e Normani do seu lado esquerdo. Com a luzes do quarto já apagadas, subi o cobertor até o pescoço e passei meu braço esquerdo em torno da cintura de Camila, encontrando sua mão. Entrelaçamos dedos e seu rosto estava de frente para mim, com os olhos abertos.

Camila: Obrigada por tudo. - ela sussurrou.

Encontro nossas mãos e comecei a fazer carinhos circulares nas costas de sua mão.

Eu: Você nao precisa agradecer, eu amo você. - sussurrei de volta.

Camila sorriu confortavelmente, e logo fechou os olhos, caindo no sono. Ao ouvir as quatros respirações serenas daquele quarto, pude perceber que as vezes nós realmente precisávamos de um choque de realidade. De qualquer forma, todas tiveram essa noite. Todas percebemos que nós somos um todo, e que nada funciona se alguma peça estiver quebrada. Se eu tiver que me preocupar por mim e por Lauren, eu não me importo. Eu sinto que é isso que devo fazer. E, mesmo parecendo ser tão impossível lidar com esse mar de confusões que se encontra nos meus braços neste momento, eu vou, eu sei que vou.


Justin Bieber P.O.V


Estar em casa com os moleques e meus filhos assistindo TV na sala, não existe nada melhor. 

Quer dizer, só eu estava assistindo TV, porque Christian e Nolan estavam com Jake e Olivia no colo, brincando com eles.

Hoje foi bem legal, levei as crianças para dar uma volta, fui na casa da minha mãe.. Estou cansado, é exausto pra porra cuidar de criança, e ao mesmo tempo a melhor coisa do mundo. Jake chorou o dia inteiro, devia estar com saudades da mãe. E Olivia? Bom, Olivia dormiu o dia todo, não deu um trabalho sequer, apenas acordou com fome, e depois disso não dormiu mais.

Eu: Nolan, você vai deixar ela cair. - disse quando vi Nolan ameaçando de jogar Olivia no chão, ela ria com aquilo.

Christian jogava Jake pro auto, brincando com ele.

Eu: Eles vão vomitar, acabaram de jantar. - eu disse rindo.

Nolan: Eles gostam, Drew. - Nolan disse se sentando no sofá com Olivia ainda em seu colo.


Eu dei uma gargalhada alta fazendo minhas aveias ficarem amostra, assim que Alfredo voltou da cozinha correndo e levou um tombo. Minha risada cada vez ficaram mais alta e logo os garotos começaram a rir descontroladamente também.


Alfredo: Do que vocês tão rindo? - ele disse andando mancando em nossa direção.

Nolan: KKKKKKKKKKKKKKKKKK CAIU IGUAL UMA BOSTA! - ele disse rindo mais do que todos, esqueceu que Olivia estava em seu colo. Eu peguei ela - CARA VOCÊ É MUITO PATETA.

Eu: Cara como que você conseguiu cair? - eu ri e fiquei dando beijo em Olivia.

Chaz: Nem ele sabe, ele caiu igual uma banana podre. - Chaz riu.

Ryan: Banana podre KKKKKKKKKKKKKKKKKK - ele riu do que Chaz disse.

Alfredo: Vocês não valem nada. - ele ficou passando a mão na bunda.

Christian: Sua bunda ta doendo?  - ele disse em risadas.

Alfredo: HAHAHA - Alfredo riu sem humor. - muito engraçado, vc devia ser comediante. - todos nós rimos.



Paramos de rir aos poucos, logo Thais entrou na sala.

Thais: Olá meninos! Justin, está na hora de eles dormirem. - ela disse se referindo as crianças.

Todos: Olá Thais.

Eu: Ah sim. Quer ajuda?

Thais: Nem, esse trabalho é meu. Você só precisa deixar eu pegar eles - ela se aproximou e pegou as crianças no colo. - tenham uma boa noite.

Meninos(eu): Boa noite Thais.

Eu: Já são 23:30, dudes. Alfredo, guarda lá o carrinho deles pra mim.

Alfredo: ih, leva tu não sou tua empregada não

Eu: Por favor cara

Alfredo: Af, ok. - ele se levantou levando o carrinho.

Nolan: Cuidado pra não cair em. - ele gritou e todos nós rimos.



[…....]

Christian: KKKKKKKKKKKKKKKKKK LEMBRA TAMBÉM NO DIA EM QUE O ALFREDO FOI NO QUARTO E SEUS IRMÃOS BATERAM NELE?


Eu: KKKKKKKKKKKKKKKKKK lembro

Alfredo: O Christian me zoa mas nao podemos esquecer do dia em que a Pattie colocou ele pra dormir no sofá. - a gente riu.

Já eram uma da madruga e a gente tava na sala conversando, zoando na verdade. A mesa de crentro estava cheia de coisas para comer, tava uma bagunça.

O telefone do Alfredo tocou e ele foi atender. Eu e os moleques ficamos conversando lá e depois de 10 minutos o Alfredo voltou com uma cara nada boa.


Eu: O que houve, Alfredo?

Alfredo: To procurando uma maneira de como explicar isso. - ele abaixou a cabeça.

Eu: Fala logo porra

Meninos(mas não em couro): É fala logo

Alfredo: É com a Camila, gente...

Meu coração acelerou.



Eu: Oq aconteceu com ela? - me levantei do sofá.

Alfredo: Ela sofreu um ataque de pânico essa noite.

Eu: O QUÊ? - gritei. - Quem era no telefone?

Alfredo: Calma, ela tá bem. Mas respondendo sua pergunta, era o Scooter.


Christian: Ai meu Deus.

Eu: Eu preciso falar com ela

Alfredo: Justin o médico disse que ela não deve ser incomodada, ela deve descansar pois tem um show amanhã.

Eu: Eu nao acredito que isso ta acontecendo com a minha menina. - eu pus a mão na cabeça. - vou subir mano, esse assunto me deixou aflito pra caralho.

Meninos: Boa noite ai mano

Subi as escadas aflito, indo pro meu quarto. Assim que cheguei, abri a porta e entrei. Me deitei na cama e os o Alfredo tinga me dito não tinha saído da minha cabeça. 

Peguei meu celular e disquei o número dela, não sabia se ligava ou não, então liguei. Chamou três vezes e logo uma voz sexy de sono atendeu.

Camila: Alô?

Eu: Camila?

Camila: Ela mesma, quem fala?

Eu: Justin...

Camila: Justin? Ah oq vc quer uma hora dessa Justin? Estou dormindo e tenho que acordar amanha cedo, tchau.


Eu: Não, não! Não desliga, por favor. - ela nao desligou. - só liguei pra saber se você está bem?

Camila: como ficou sabendo?

Eu: Scooter.

Camila: como não imaginei. - ela sussurrou. - vc e o Scooter são panelinha um do outro né

Eu: -ri- eu fiquei muito preocupado.

Camila: Não precisa, Justin. Eu to ótima.

Eu: Não tá, Camila. Para com isso, que droga! Para de fingir que as coisas estão ótima mesmo vc sabendo que não estão. Para de esconder seus sentimentos - eu ri de nervoso -

Ela ficou em silêncio por uns segundos e logo começou a falar.

Camila: -ri- não dá, Justin. Eu sou assim, esse é meu jeito. Não consigo mais demonstrar meus sentimentos, por sua culpa.

Eu: Me desculpa, desculpa te fazer ser assim, desculpa ta fazendo você sofrer, eu sou um idiota.

Camila: você é mesmo, Justin, e não foi agora que eu descobri. Eu não to sofrendo, eu não sofro, ainda mais por caras idiotas como você.

Eu: Só me da mais uma chance pra te mostrar que eu nao sou mais aquele cara, eu amo você.

Camila: eu nao to acreditando que você me ligou pra dizer essas baboseiras. Pau que nasce torto, nunca se endireita, então, você nao vai mudar. Uma vez safado, sempre safado. - ela estava chorando, e mais uma vez eu fiz ela chorar, pq eu tive que ligar pra ela? Porra eu só estrago tudo. -

Eu: Me desculpa, caralho, não é o bastante pra você?

Camila: Desculpas? - ela gargalhou - você pede desculpas se como oq você fez foi a coisa mais comum do mundo. Desculpas nao vai tirar o chifre que você deixou em mim -ela riu novamente mas, eu te desculpou. Então você trate de seguir a sua a vida que da minha sigo eu, passar bem. Acabou, Justin, eu amo você. -ela sussurrou a ultima palavra.









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